segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mundo Sem Fim, meu livro favorito!

Mundo Sem Fim, do autor Ken Follett é um romance histórico que se passa na Inglaterra do século XIV, cujo cenário principal é o priorado de Kingsbridge.
O livro mistura com maestria religião, amor, pecado, ganância, intrigas, medicina medieval, castelos, guerras e ainda dá noções de arquitetura antiga. Com certeza o autor fez uma pesquisa sem igual antes de escrever o livro.
Mundo Sem Fim não fica chato em momento algum. É incrivelmente empolgante do começo ao fim, mesmo com suas 941 páginas.
O enredo gira em torno de cinco personagens: Caris, Merthin, Gwenda, Ralph e Godwyn. Acompanhamos suas vidas ao longo de cerca de quarenta anos de história, passando por parte da Guerra dos Cem Anos e pela Peste Negra.
Falando em Peste Negra, o autor não sente o menor remorso em matar sem piedade os seus personagens. No melhor estilo George Martin, Ken Follett vai matando os moradores de Kingsbridge um atrás do outro, incluindo personagens importantes para a história do livro.
Tudo porém, de forma bem realista. Não acontece nada no livro que se possa dizer que é impossível. Fatos históricos, doenças, os métodos medicinais, as punições da igreja. Tudo tem compromisso com a verdade.
Voltando ao enredo, Caris e Merthin se conhecem na infância e desde então vivem um amor capaz de resistir a qualquer adversidade. Resistiu a mentiras, ao tempo, à peste, ao convento e principalmente resistiu à determinação de Caris em ignorá-lo.
Ralph, irmão de Merthin, é um guerreiro, corajoso e ambicioso, que passa por cima dos próprios princípios para ter o que deseja. É um típico vilão, embora eu o entenda e não guardo mágoa. É um dos meus personagens favoritos no livro.
Gwenda, a mulher que ama. E ama muito. É inteligente e corajosa, mas igualmente inconsequente. Ela age sem pensar e acaba passando por muita coisa ruim na vida.
E por fim, Godwyn, a criatura mais odiável de todos os tempos. Começa o livro como um monge ambicioso e conservador. Ele é extremamente fiel à Igreja, mas isso não o impede de fazer as piores maldades para chegar a seu objetivo: se tornar prior de Kingsbridge.
Não faltam personagens magníficos e bem construídos em Mundo Sem Fim, como por exemplo, Petranilla, a mãe do Godwyn, Sir Thomas, Wulfric, Mattie e mais um sem número de outros. Personagens que amamos, que odiamos, por quem torcemos ou por quem comemoramos quando enfim é contaminado com a peste.
Há quem diga que o único erro de Follett foi incluir demasiadamente cenas de sexo no livro. De fato, há sim, e com detalhes bem descritivos, mas na verdade não acho que isso prejudique. Pelo contrário, as cenas de sexo deixaram o livro ainda mais realista.
Sexo, estupro, pedofilia e homossexualismo ilustram dezenas de cenas ao longo do livro. Ao lado de mortes, de intrigas e demonstrações de amor.
Mundo Sem Fim é também uma crítica ao fanatismo religioso. Ele fala de fé, e fala de abuso de poder, de pecado, de sexo gay dentro da Igreja, e... Tá, espero que isso não mude suas opiniões sobre a religião.
O fim do livro é espetacular! Sem spoilers, infelizmente haha...
Bem, a resenha ficou grande, eu sei, mas não tinha como falar de um livro tão grande e tão majestoso em poucas palavras. Tenho muito ainda a comentar sobre Mundo Sem Fim, mas o post não pode ficar maior que isso. Tudo que digo é: LEIA!!!
Ah! Antes que me esqueça, o livro conta com uma adaptação televisiva, a série World Without End, de 2012. A série é linda e foca nas melhores partes do livro, no entanto, deixa passar muitas outras. O final é muito diferente do livro. Mesmo assim gosto dela, pois dá para imaginar melhor o visual de Kingsbridge e dos personagens. Recomendo que assistam antes de ler o livro! Claro, você verá alguns spoilers brabos, mas isso não tira em nada o brilho do livro.

2 comentários:

  1. Nossa, fiquei super interessado nesse livro!
    Parabéns garoto, seu blog é incrível e tu escreve de forma brilhante.

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  2. Valeu mesmo! Esse livro é muito bom :) Recomendo demais! Assim que puder, leia!

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