sexta-feira, 23 de maio de 2014

Um livro para ler num dia chuvoso debaixo do cobertor

Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um prodígio do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.
Perdão, Leonard Peacock é o tipo de livro que você começa a ler quando acorda e antes do fim da tarde você está abraçado a ele com vontade de relê-lo. Bem, isso para pessoas que dispõe de um dia desocupado para ler, claro.
Deixando a coisa poética de lado, temos aqui um livro excepcional que mostra como funciona a mente de um adolescente desequilibrado! Este é o único livro que li no qual o protagonista é meu personagem favorito (isso mesmo, eu em geral prefiro os personagens secundários).
O livro é contado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Leonard, e acompanhamos um único dia na vida do rapaz, o seu 18° aniversário e provavelmente o pior dia de sua vida.
A grande expectativa em torno do homicídio/suicídio de Leonard e as questões filosóficas que ele se faz, permitem que as pouco mais de 200 páginas fluam diante de nossos olhos de forma que não nos deixam soltar o livro sem ficar pensando o que acontecerá nas próximas páginas.
Se o livro tem pontos negativos? Talvez. Leia-o e encontre-os, mas não será tarefa fácil.
Matthew Quick acertou em cheio nesse livro. Ainda não li O Lado Bom da Vida, o best-seller do mesmo autor, mas quando lê-lo, postarei aqui minha opinião.

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