quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Festim dos Corvos... e quantos corvos!

Acostumados com A Tormenta de Espadas, as pessoas partem para O Festim dos Corvos com sede de sangue, e daí se decepcionam com o livro ao descobrir que ele não segue o mesmo ritmo do anterior.
Em O Festim dos Corvos, o que restou após A Tormenta de Espadas, são cadáveres espalhados para todo lado! O reino está devastado, com vilas incendiadas, órfãos abandonados, corpos enforcados por todos os lados, cadáveres boiando nos rios, e bandos de fora-da-lei espalhados pelas estradas. Assim sendo, os corvos se banqueteiam no cadáver de Westeros.
O livro é bem diferente dos três primeiros, principalmente pela falta de vários personagens amados pelos fãs, como Jon, Danny e Tyrion. Bran e Davos também não aparecem.
No entanto, sem eles, alguns outros puderam dar um ar da graça, como Cersei, cujos capítulos me surpreenderam. Gostei muito dela, mas Cersei continua sendo uma vadia odiável.
Em Porto Real, Cersei e Jamie mostram que sua relação está bem diferente do que foi alguns anos atrás. Cersei tenta governar o Trono de Ferro, e descobrimos que ela não é tão “rainha má” assim. Tudo o que ela quer é que seus filhos sejam felizes.
Brienne de Tarth, a Bela, ganha ponto de vista no livro, mas achei desnecessário tantos capítulos dela! Sua única função foi andar de um lado pro outro mostrando a situação degradante do reino. No entanto, seus dois últimos capítulos lacraram o livro!
Sam, o Matador, é enviado em uma viagem com Goiva e Meistre Aemon. São capítulos bem legais, e acho que ele merecia mais destaque. O pouco que vimos de Jon e da Muralha é contado por ele no inicio do livro.
Arya chegou a Bravos e vai parar em um lugar misterioso onde será provada. E Sansa está no Ninho da Águia com Petyr Baelish, se passando por Alayne Stone, uma bastarda de Mindinho. Achei os capítulos dela melhor que os de sua irmã menor.
Enfim, os Greyjoy recebem o destaque merecido, embora Theon não apareça ainda. Há três pontos de vista diferentes em torno das Ilhas de Ferro. Cabelo-Molhado, Victarion e Asha contam a respeito das notícias da morte de Balon Greyjoy e de uma assembleia para eleger o próximo rei que sentará na Cadeira de Pedra do Mar. Atentem ao Olho de Corvo!
E também conhecemos um pouco de Dorne, apesar de que é um núcleo menos interessante. Os pontos de vista são chatos e de pessoas não tão legais, mas ainda assim vale a pena conhecer essa terra tão diferente dos outros reinos. Sei, porém, que nos livros a vir, eles vão dar trabalho ao Trono de Ferro.
Claro que Jon, Tyrion e Daenerys fizeram falta no livro, até porque estava acostumado a um pouco do sarcasmo do anão, de Para-Lá-da-Muralha, e da Baía dos Escravos, mas dá para ler tudo sem eles e ainda assim apreciar a obra.
O Festim dos Corvos dá bastante ênfase à questões políticas. Tanto em Porto Real, quanto em Dorne e nas Ilhas de Ferro. Embora as batalha tenham esfriado, a ameaça de guerra ainda assusta. O inverno está cada vez mais próximo...
Eu amei o livro, embora ele tenha sido o menos legal até agora. Bem, estou meio em dúvida entre O Festim e A Fúria dos Reis, mas acho que o segundo ainda foi melhor. Ainda assim, dou cinco estrelas para O Festim dos Corvos, por que o Martin não merece menos que isso!

p.s. Na minha humilde opinião, O Festim dos Corvos ganha dos outros em duas categorias:  Melhor capa (sim, acho a capa belíssima em seus tons amarelos) e Melhor título (é o título mais adequado ao enredo do livro).


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