segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Filhos do Éden: anjos, deuses, mitologia americana e guerras...

Para quem acha que literatura nacional moderna não pode ser comparada à americana, aqui vai um ótimo exemplo de livro brasileiro que samba na cara dos americanos...
O autor carioca Eduardo Spohr é bastante conhecido por sua obra A Batalha do Apocalipse, que é um livro maravilhoso, mas vou dedicar essa postagem à série Filhos do Éden, que na minha opinião é tão boa quanto.
O Spohrverso (como os fãs chamam o universo criado por Spohr) é complexo e envolve boa parte dos deuses conhecidos. Nele, Yaweh, o Deus com D maiúsculo, criou o universo com a ajuda dos arcanjos, mas depois recolheu-se para o descanso do sétimo dia, entregando o governo do mundo a seus primogênitos. Os demais deuses são espíritos de humanos que eram adorados, e acabaram evoluindo para uma existência superior. E há muitos deuses... Dos gregos aos indígenas.
O livro um de Filhos do Éden, Herdeiros de Atlântida, foca em dois personagens Kaira e Denyel. Kaira é uma capitã celeste, anjo a serviço de Gabriel, que acabou perdendo a memória e indo parar na Terra. Levih e Urakin, anjos subordinados a ela, um anjo da guarda e um anjo guerreiro, são enviados para resgatá-la. Em paralelo conhecemos Denyel, um querubim exilado que tenta voltar aos exércitos celestes.
Juntos, os quatro se unem em uma missão rumo à cidade perdida de Atlântida. No caminho, desvendam mistérios à séculos escondidos, e precisam enfrentar anjos, demônios e deuses inimigos.
Por falar em inimigos, Yaga e Andril são dois dos meus vilões favoritos. Ambos são anjos, mas do time de Miguel, e têm o objetivo de acabar com Kaira.
Quando li o livro eu me apaixonei pela série e, com o final destruidor, fiquei muito ansioso pelo segundo livro. E sim, esse livro tem um dos melhores finais de primeiros livros...
A continuação, Anjos da Morte, é o livro dos sonhos para quem gosta de misturar fantasia com realismo... Além de focar nos dois personagens já conhecidos, ele se passa em dois tempos diferentes. Kaira está numa nova missão (que não comentar sobre para não dar spoilers sobre o final do primeiro livro). Os pontos de vista de Denyel se passam ao longo do século XX, entre guerras e passeios por Paris, quando o querubim era um anjo da morte, um esquadrão especial incumbido de viver entre os humanos e estudar suas guerras. Nesse livro também conhecemos personagens incríveis, como Ismael, o cão Zac e o humano mais foda do Spohrverso. Conhecer a história de Denyel foi divino. Ele é incrível!
Quando o livro foi anunciado na última página de Herdeiros de Atlântida, fiquei muito ansioso, mas acabei esperando quase um ano após o lançamento, para ler o livro. Mas quando li... super valeu a pena cada minuto esperado. Que livro perfeito!
A série será uma trilogia. O terceiro título será Paraíso Perdido, e segundo o tio Edu Spohr, ele terá de fantástico, o que o anterior teve de realista. E para quem já terminou Anjos da Morte, sabe muito bem a que ele se refere...
Bem, sei que não consegui fazer uma resenha muito decente, mas fica a dica: LEIA!

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